segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um sonho talvez.


Segunda-feira, 22 de junho de 09.


Ta frio, o vento sopra me atravessa e como sempre, segue seu caminho, estão todos lá cada um com seus pensamentos, todos vagando.
E de tantas pessoas somente uma me chamou a atenção, nada de MAIS tinha ela, somente pensamentos, sonhos que lhes vazava pelos olhos, cabelos castanhos ela tinha, olhos escuros e ao mesmo tempo tão claros que me ofuscava os pensamentos. Sentada ela estava, mas via-se que por dentro estava “voando” mais alto do que as borboletas poderiam suportar... Sentei-me ao lado da pobre criatura, nada falei, o silêncio que predominava não foi interrompido pela minha chegada, demorou um pouco para eu ser percebida, mas quando enfim notada, fui analisada dos pés a cabeça com a perca de detalhe algum, assim finalmente ela chegou aos meus olhos, e eu como tal retribui o olhar e acrescentei um sorriso e como eu esperava ganhei um “oi” em troca.
Assim passei o resto da minha tarde a ouvir aquela garotinha falar-me sobre sua vida, seu jeito, sua família, seus sonhos, e que sonhos. Ela se apresentava por simplesmente Cláudia acrescentando, ”a sonhadora”, bonito nome lhe disse, curioso e engraçado, mais bonito; Perguntei o motivo do certo apelido, ela disse que as pessoas lhes chamavam assim por acharem que ela sonha de mais.
Queria ser: cantora, dançarina, bailarina, princesa, rainha, condessa, astronauta, policial, ou simplesmente uma flor, um passarinho, uma pipa, uma borboleta, um coelho... E ao longo desse tempo que ela falava, falava e falava notei um livro, caderno talvez que estava em suas mãos... Perguntei sobre o simples objeto, assim a única resposta adquirida foi: Na verdade eu quero mesmo é ser escritora, para poder ser e viver tudo aquilo que eu quiser, na hora que eu quiser,ela finalizando,levantei-me e me despedi deixando-a sozinha, ela normalmente voltou a fazer o que estava a fazer antes da minha chegada... Escrevendo, lendo, ou melhor, sonhando e a cada passo que eu dava a frente me afastava mais e mais daquela impressionante garotinha, imaginei que naquele momento, quantos pássaros voaram, quantos finais felizes, quantas fadas, quantas bruxas e dragões, quantas flores... Quantos sonhos.

domingo, 7 de junho de 2009

Soneto do Amor Total.


Amo-te tanto, meu amor... Não cante

O humano coração com mais verdade...

Amo-te como amigo e como amante

Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade

Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente

De um amor sem mistério e sem virtude

Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde

É que um dia em teu corpo de repente

Hei de morrer de amar mais do que pude.
Vinícius de Moraes